A partir dos poemas propostos pela equipa da Biblioteca, os alunos recriaram-os completando as lacunas.
Poema recriado I
Meninas que estais a cantar
Numas barraquinhas pequenas
Lá fora o Sol vai brilhar
Os riscos das vossas penas.
Menisnas que estais molhadas
Numas barraquinhas sentadas
Lá fora flores vão crescer
Com as vossas caras a aparecer.
Meninas que estais sonhando
Numas barraquinhas de moinho
Lá fora canta, chamando
O canto dum passarinho.
Ó mestra que estás no ar
Em cadeirinha tão alta
Lá fora o Sol vai iluminar
As penas que tens na Malta.
Ó mestra que estás dançando
Em cadeirinha de folhos
Lá fora flores vão abanando
Para adoçar os teus olhos.
Ó mestra que estás sonhando
Em cadeirinha de linho
Lá fora canta chamando
O canto do passarinho.
O poema original é de Matilde Rosa Araújo, "O livro da Tila".
Poema recriado II
Encontrei o meu amor
que estava a brincar
pedi-lhe uma flor
para a beijar.
Recolhi a flor
com todo o amor
num tubo de amar
bem me posso apaixonar.
Olhei-a de lado de repente
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito marota.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as maneiras
deu-me o que é costume.
O peoma origina é de António Gedeão.
Poema recriado III
Vai a galope o cavalo e sem armadura
Galopando no ar sem ferradura.
E galopa e galopa, o cavalo
E galopa sem fim sem ter intervalo.
Oh, que bravo corcel, que doidas galopadas,
Crinas de estopa ao vento e as patas pintadas.
Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,
O cavalo de pau é o terror das cadeias!
E o cavaleiro nunca muda de posição
A galopar a galopar a levanta-se do chão.
O pema original é de Afonso Lopes Vieira