A Serra da Estrela é a serra mais alta de Portugal Continental: atinge os 1993 m de altitude.
Nas zonas mais altas, o frio e o vento fazem-se sentir com mais intensidade, enquanto que as regiões mais baixas estão abrigadas e são mais amenas. Estas condições têm consequências na distribuição da vegetação.
Podemos encontrar na Serra da Estrela três andares distintos: o andar basal, o intermédio e o superior.
No andar basal, que se situa desde o sopé da montanha até aos 900 m, a vegetação natural era originalmente formada principalmente por bosques, dominados pelo sobreiro, a azinheira, o carvalho-alvarinho, o freixo e, nos vales, ao longo dos rios, galerias de amieiros e azereiros.
Devido ao corte, ao fogo e ao pastoreio nos bosques, actualmente encontram-se pequenas áreas de matagal e vastas áreas de matos rasteiros, urzes e giestas. Com origem na actividade humana ocorrem prados semi-naturais, em solos relativamente ricos em nutrientes.
O andar intermédio, localizado entre os 900 e os 1800 m, era originalmente dominado por bosques de carvalho-negral, azinheira, vidoeiro, teixo, azevinho e freixo-de-folhas-estreitas.
Devido principalmente aos incêndios e às actividades agrícolas e de silvicultura, actualmente encontram-se urzes e giestas, prados pioneiros e formações de feto-comum.
O andar superior, acima dos 1800 m, encontra-se revestido de vegetação rasteira, uma vez que o vento e a neve impedem o crescimento das plantas. O zimbro é o arbusto predominante, ocorrendo também o piorno e a caldoneira.
Os fogos e o pastoreio estival produzem ainda etapas de degradação.
Actualmente por entre rochedos, em profundos covões, o solo de turfa acolhe espécies vegetais, próprias das zonas frias, como o cervum que serve de alimento ao gado.


azereiro
caldoneira


carvalho negral
cervunal


piornal
zimbral